Viagem aos 5 Sentidos - Infusões

Tenho para mim que beber Infusões é uma das formas de meditação que mais se encontra ao alcance do comum dos mortais.

Se não, vejamos. As práticas meditativas não convidam ao foco em cada um dos nossos sentidos?

Preparar e saborear uma infusão não fará por nós exatamente a mesma coisa? As Infusões despertam estas 5 portas de entrada da nossa humanidade vivida!

Hoje, convido-vos a partilhar uma viagem aos 5 sentidos… com Infusões, da Infusões com História.

Visão

A visão é um sentido moribundo. “Porque estamos dentro das coisas, há tantas coisas que, de facto, não vemos”, diz-nos José Tolentino de Mendonça.

A profusão de estímulos faz de nós zombies visuais, manietados pelo que interessa a alguns, mas não a nós.

Recordemos a arte secular de ler a sorte nas folhas de chá. Não era a visão o principal canal das revelações?

Não será a visão o primeiro dos sentidos convocados quando preparamos uma Infusão, quando abrimos a respetiva embalagem e nos detemos nas cores e nuances?

 Quando nas folhas vertemos a água quente e observamos a sua dança lenta?

Esta é a primeira paragem sensorial, na Planície das Cores e Formas.

Olfato

Tal como acontece com a visão, não seremos nós olfativamente subdesenvolvidos, inundados que somos, constantemente, por fragrâncias industriais e químicas, descurando as naturais e “privando o nosso quotidiano de uma fonte apreciável de riqueza e variedade” (Edward Hall)?

Como ignorar os cheiros que falam da nossa história de vida, desde a infância? Missão impossível…

Convido-vos a resgatar este sublime sentido à volta de uma taça de Infusão Românico Português, claro está, da Infusões com História.

Esta é a segunda paragem, na Estação dos Odores.

Paladar

Rubem Alves sugeria que, “para entrar numa escola, alunos e professores deveriam passar antes por uma cozinha”.

Sabedoria e conhecimento, tal como o paladar, são uma arte do desejo.

Quantas vezes não nos detivemos no gosto de um prato confecionado com o amor materno ou bebemos uma Infusão a correr, só para aquecer?

Vamos degustar uma Infusão e enchê-las de adjetivos como se de um bom vinho se tratasse? Vamos adivinhar componentes, ervas e paragens nossas?

Esta é a terceira paragem, na Aldeia dos Sabores, que a Infusões com História tão bem promove.

Tato

Há quanto tempo nos esquecemos dessa origem da linguagem mesopotâmica, emanada das mãos?

Essas mãos que “são um organismo complexo, um delta no qual desemboca uma vida que vem de muito longe, para se transformar numa torrente imensa de ação” (Rainer Maria Rilke)…

Essas mãos que cuidam das ervas e as colhem, que analisam texturas, que retiram a chaleira do lume antes da água ferver, que vertem a mesma sobre as folhas ansiosas… As mãos criadoras.

Chegamos à quarta paragem; o Apeadeiro dos Gestos.

Audição

Também da audição fazemos pouco…

Tapamos o seu órgão primordial com dispositivos que nos isolam e afastam da banda sonora que a vida nos oferece, sem estúdios e manipulações.

Por que não atentarmos ao som que resulta do agitar da lata? Por que não pegar numa mão-cheia de ervas e apurar o ouvido ao restolhar?

Já agora, por que não escutarmos, com o coração, as interjeições das nossas cordas vocais, provocadas pela reação ao conforto da infusão. Huuumm…

Estação terminal: Regresso ao Início.

Conclusão

As Infusões, da Infusões com História, são um convite lento ao despertar dos sentidos.

Ao viajar neste roteiro, o foco em cada um dos nossos sentidos promove o desligar da mente e da torrente dos pensamentos.

Meditemos, pois, com Infusões Premium, do Douro e do Românico.





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